Duas Décadas: Resultado do julgamento por homicídio triplamente qualificado de Eduarda Borges
O Tribunal do Júri de Taquara condenou, nesta quinta-feira (7), o homem acusado de tirar a vida da adolescente Eduarda Borges Fagundes, 16 anos, em dezembro de 2021. Ele foi considerado culpado por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio — além de ocultação de cadáver. A sentença determina o cumprimento da pena em regime fechado, sob a presidência do juiz Rafael Silveira Peixoto.
Justiça | Feminicídio | TaquaraPublicado em 08/08/2025 às 18h00
O réu, ex-namorado de Eduarda, teve a identidade preservada e estava preso desde janeiro de 2022. A jovem, moradora de Parobé, desapareceu no final de dezembro daquele ano. Sua ossada foi localizada semanas depois, enterrada em uma cova improvisada em área de mata, na localidade de Pega Fogo, interior de Taquara. Conforme a investigação, ela foi morta com disparos de arma de fogo.

Durante o julgamento, familiares acompanharam todo o processo. A irmã de Eduarda afirmou: “Foi muito difícil para todos nós. Espero que ele permaneça preso por muito tempo”. No depoimento, o acusado confessou o crime, alegando ter agido “de cabeça quente” por ciúmes. Segundo relatou, o casal voltava de Sapiranga para Parobé quando iniciou uma discussão. No trajeto, ele desviou para uma estrada de chão, onde cometeu o assassinato.

Como foi na época do desaparecimento?
Na época do desaparecimento, a região foi palco de uma intensa e comovente mobilização. Familiares, amigos e voluntários se uniram incansavelmente nas buscas, e até figuras que hoje ocupam cargos políticos — como o atual vereador DJ Diego — atenderam ao chamado da família, que, aos prantos, clamava por qualquer pista que levasse ao paradeiro de Eduarda. Cartazes e placas com a imagem da jovem foram espalhados por toda a cidade, enquanto campanhas midiáticas tomavam conta de pontos movimentados, como a Rua Coberta, além de diversas outras ações voluntárias.

O caso ganhou um novo e decisivo rumo quando as investigações chegaram às mãos do delegado Branco, de Sapiranga, que obteve uma evidência de tipo A — prova incontestável de que o acusado estava com Eduarda no momento do desaparecimento. Essa descoberta foi crucial e levou à confissão do crime pelo suspeito.
A Parobé News seguirá acompanhando casos de violência contra a mulher e reforça a importância de denunciar qualquer sinal de agressão.
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