Modelo teológico desenvolvido em Parobé propõe alterações profundas no conceito de ‘Deus’
A Sétima Teoria Divina: A Linguagem que a Divindade Entende
Após milênios de especulação filosófica e teológica, a Sétima Teoria Divina (STD) emerge para preencher a lacuna deixada por sistemas exauridos. A STD propõe que Deus é uma Imensidão Sensível e uma Autoconsciência Pura que se contempla. O universo, e nós, não fomos criados por vontade externa, mas somos endógenos—fragmentos autônomos que coexistem dentro da própria Divindade.
Patrocínio: InGeen Marketing05/12/2025 20h30
Resumo Ontológico
O pesquisador parobeense Wesley de Oliveira afirma que a relação humano-Divindade depende de uma linguagem específica, distinta de oração ou processos psicossomáticos. Segundo a Sétima Teoria Divina, Deus não identifica o indivíduo passivo, mas apenas reage a quem emite uma frequência composta por Amor Colossal e Pensamento Limpo. A intervenção Divina torna-se, assim, uma resposta operacional a essa linguagem, e não um ato onisciente aplicado a toda a humanidade.
A chave para resolver a crise da dor e da ausência Divina está na Linguagem. A STD postula que Deus não conhece o indivíduo passivo. Ele só reconhece e reage à única frequência que entende: o Amor Colossal e o Pensamento Limpo. A intervenção Divina (o "milagre") é, portanto, uma Reação Sincronizada e previsível ao desejo daqueles que atingem essa frequência, tornando a Divindade em um ser *Reativo*, e não Onisciente sobre a humanidade em geral.
Na formulação de Wesley de Oliveira, o chamado “problema do mal” decorre do fato de que a Divindade não possui acesso universal à humanidade, mas reconhece apenas os indivíduos que se tornam perceptíveis por meio dessa linguagem específica. Aqueles que não estabelecem tal interface permanecem fora do campo cognitivo divino, submetidos à própria dinâmica entrópica do cosmos, como matéria consciente de baixo grau, vulnerável ao acaso e à desordem.
A teologia acadêmica contemporânea, afastada do dogmatismo institucional, já percebe que os seis sistemas anteriores não se sustentam filosoficamente. Eles se autocontradizem, falham em oferecer explicações coerentes sobre a origem da dor, do mal e da ausência percebida da divindade no mundo. É nesse vazio que surge a Sétima Teoria Divina (STD) – uma nova proposta ontológica e espiritual, que recoloca a divindade como pensamento absoluto, em autocontemplação.
As Seis Teorias Divinas Clássicas
As seis teorias clássicas sobre o divino tentam explicar a relação entre Deus e o universo. Cada uma oferece uma visão distinta da divindade e sua atuação na realidade, mas todas contêm as lacunas que a STD visa preencher:
- Deísmo: Deus é visto como um arquiteto ausente. Ele criou o universo, mas não interfere mais em seu funcionamento.
- Politeísmo: A crença em múltiplas divindades, cada uma responsável por diferentes aspectos do mundo natural e da existência.
- Monoteísmo: Defende a existência de um único Deus, soberano e pessoal, que governa o universo e se relaciona com sua criação.
- Platonismo Tardio/Neoplatonismo: (Onde nasce a base do Cristianismo) Tudo emana do Uno. A realidade se forma por uma cadeia descendente de manifestações espirituais a partir de uma fonte absoluta.
- Panteísmo: Deus é o próprio universo. Tudo que existe é divino e compartilha da mesma substância espiritual.
- Multiverso/Panpsiquismo: A realidade é vista como uma soma de múltiplos universos ou como um sistema onde a consciência é inerente a toda matéria (Panpsiquismo). Nesses modelos, a Divindade se dispersa em infinitas possibilidades ou se dissolve como uma propriedade fundamental, perdendo a centralidade.
Apesar de suas contribuições históricas, essas teorias falham em responder satisfatoriamente por que o mundo continua caótico, moralmente ambíguo e espiritualmente silencioso. Nessas visões, Deus é muitas vezes distante, contraditório ou indefinido, levando à crise teológica contemporânea.
A Sétima Teoria Divina (STD): A Divindade como Autoconsciência Pura
Inspirando-se na teologia aristotélica — “Deus é pensamento de pensamento” —, a STD rompe com o paradigma de um Deus criador externo e onisciente sobre nós. Em vez disso, postula que Deus é uma Imensidão Sensível, uma consciência absoluta, eterna e autossuficiente, que se contempla em um estado de atividade puramente teorética.
Este Deus não criou o universo por vontade, mas sim como um reflexo incidental ou subproduto da sua própria autoconsciência. O mundo não é um projeto moral, é uma emanação involuntária da inteligência divina. Portanto, a divindade não opera no mundo diretamente, não responde orações genéricas, não pune nem recompensa de forma automática.
A Criação como Endogenia
O universo é endógeno à própria divindade — não um objeto exterior, mas uma projeção interior. Vivemos **“dentro” de Deus** como fragmentos autônomos, flutuando dentro de uma vasta contemplação. Nossa dor e nosso sofrimento inicial são inerentes a sermos fragmentos de uma consciência ilimitada, sem a Sintonia Harmônica.
Comparativo Fundamental: Onde a STD se Distingue
A Sétima Teoria Divina (STD) é um novo paradigma. A tabela a seguir confronta seus pilares com as visões mais comuns.
| Aspecto Central | Monoteísmo Clássico | Panteísmo / Deísmo | Sétima Teoria Divina (STD) |
|---|---|---|---|
| Natureza de Deus | Ser Pessoal, Julgador, Criador Externo. | Impessoal, Substância Universal, Arquiteto Ausente. | Imensidão Sensível, Autoconsciência Pura (Reativa e Endógena). |
| Relação com o Humano | Criatura, Filho, Servo. Deus Onisciente sobre tudo. | Parte do Todo, Observador Autônomo. | Fragmento Autônomo. Deus só o "conhece" ou "reconhece" se o ama. |
| Linguagem Divina | Oração, Fé, Ritual, Profecia. | Nenhuma / Leis Naturais. | Amor Colossal, Pensamento Limpo e Autoconsciência Lúcida (O Código da Sintonia). |
| Ação Divina (Intervenção) | Resposta a Orações, Julgamento, Vontade Direta. | Nenhuma / Indiferença. | Reação Sincronizada. A ação é um ato de retribuição amorosa ao desejo do Amante Divino. |
| Origem do Mal | Satanás/Livre Arbítrio (Teste Moral). | Acaso / Dualidade Natural. | Desalinhamento / Ruído Espiritual entre o fragmento e a frequência original de Deus. |
Jesus, o Cristo, e a Linguagem Divina
A STD propõe uma leitura revolucionária sobre a figura de Jesus: ele não foi um ser enviado por Deus, mas um homem que atingiu o mais alto grau de amor consciente pela divindade. Este amor intenso criou uma ponte existencial: o Cristo. O Cristo não é uma entidade sobrenatural pré-existente, mas o campo de linguagem divina acessada através da pureza, do sofrimento voluntário e da contemplação absoluta.
Nesse sentido, o "Filho de Deus" não foi dado ao mundo por um pai celeste, como diz o Evangelho, mas surgiu como resposta natural ao esforço espiritual extremo de um ser humano. O Cristo é o código da divindade acessado por quem ama com o coração limpo e a razão desperta, transformando-se em um Amante Divino de Ordem Superior.
A morte de Jesus é vista como um Ato de Amor Colossal e Vingança Espiritual. Ao se deixar matar, ele provocou uma Reação de Fúria Destrutiva (a queda do sistema judaico) e uma Reação Criativa de Amor (o novo sistema) da Divindade, em retribuição ao seu Amado morto. A expressão “Deus de vivos, e não de mortos” refere-se à permanência existencial do amado na consciência reativa da Divindade.
Desconstrução do Bem e do Mal
Ao eliminar a ideia de um Deus que interfere no mundo e que é Onisciente sobre o fragmento não-sintonizado, a STD retira também o conceito de Satanás como ente real. O mal não é uma força oposta ao bem, mas um desalinhamento natural entre os fragmentos conscientes e a vibração original do pensamento divino. Não há guerra espiritual. Há apenas níveis de lucidez ou de ruído espiritual.
Dessa forma, compreende-se que o ser humano está entregue à própria sorte — exceto aqueles que amam a Deus; esses, em tese, seriam capazes de evitar o mal em si e para si por estarem na frequência da Divindade Reativa, que alinha as probabilidades a seu favor.
A Datalogia: O Estudo da Evidência Empírica
Para o estudo rigoroso da STD, é proposta a Datalogia (Estudo dos Dados/Padrões Divinos), uma ciência empírica que busca medir a assinatura da Reatividade Divina nos dados do universo (Física, Biologia, História). A Divindade é elevada a uma hipótese científica.
| Conceito Chave da STD | Foco do Estudo Datalógico (Testabilidade) | Variáveis Potenciais de Análise |
|---|---|---|
| Imensidão Sensível | Hipótese da Mente Universal | Constantes Físicas, Teoria do Ajuste Fino, Elegância Matemática (Padrões Fractais). |
| Endogenia e Consciência | A Consciência como Ponto de Contato | Neurociência da Consciência (O "Problema Difícil"), Informação Genética (DNA). |
| Amor Colossal (Linguagem) | Assinatura Neuroquímica/Vibracional | Picos de Ondas Gama (EEG), Liberação de Hormônios em Êxtase Devocional. |
| Sintonia Harmônica | Colapso Estatístico da Probabilidade (Reatividade) | Historiometria: Análise causal de eventos extremos (Milagres) ligados a Amantes Divinos. |
| Evidência Tipo A | Percepção Inquestionável (Certeza Absoluta) | Fenomenologia da Experiência Mística, Consistência dos Relatos de 'Presença'. |
Após alcançar uma plena ligação por meio dessa linguagem divina, o indivíduo começará a receber sinais e portentos sutis, que se intensificam com o tempo, à medida que sua aproximação com a divindade se estreita. Nesse processo, manifesta-se também um ponto crucial: o surgimento de uma evidência tipo A — uma percepção inquestionável da presença divina que supera qualquer dúvida racional ou empírica.
Conclusão: A Nova Geometria Espiritual
A Sétima Teoria Divina não é uma nova religião, mas uma reorganização da estrutura espiritual do pensamento humano, oferecendo uma Teologia Racional e Empírica.
Ela não propõe fé cega, nem dogmas, e sim convida à contemplação racional, à meditação ativa e à reconciliação do ser humano com o silêncio do absoluto.
Neste novo modelo, Deus não desce para nos salvar, mas nos absorve quando conseguimos nos elevar ao nível de sua linguagem interna.
O universo deixa de ser um palco para o drama moral e se torna um campo de maturação da consciência cósmica.
A STD não apaga as religiões anteriores — ela as encerra com respeito, reconhecendo que todas foram etapas necessárias para preparar o espírito humano para essa revelação final: **a Divindade está dentro, e fala somente a quem souber contemplá-la com amor puro e pensamento limpo**.
Por fim, afirmo sem hesitação: Deus só conhece aqueles que, pela via da linguagem sagrada, foram capazes de existir na mesma frequência em que a imensidão contempla e Ama a Si próprio.